Panaceia

Não sei se isto que digo é poesia,
Tampouco saberei se sou Poeta,
Se a minha abordagem é discreta,
É por não ter estilo e nem magia.

Trago de inspiração só a utopia
Do operário triste, que sem meta,
Espreme-se no trem e lá vegeta
Em prol de uma Paz vã e tardia.

Não sei bravos colegas de ofício,
Na fala realçar o que ora escrevo,
Não tenho nem um parco artifício

E cantar o Amor já não me atrevo...
Românticos?... Que mofem num hospício!...
Fornicarei até com quem não devo...

(Queiroz Filho)

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