Maísa

Tu que abrandas as mágoas tardias
Deste meu frágil peito emurchecido;
Tu que dás vida, cor, Alma e sentido
À assombrosa nódoa de meus dias;

Tu que me és na vida o bom Messias
De quem anseio o abraço tão querido;
Tu que me surges qual o Amor banido
Pela indolência atroz das frases frias;

Tu que meus olhos ébrios, penitentes,
Replenas de um pranto alegre e vivo,
Bem sabes que estas dores indecentes

Que os ouvidos te gastam sem motivo,
Apenas são expressões inconsequentes
De quem, da tua vontade, está Cativo...

( Queiroz Filho )

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