Resignação

Não te condeno pela indiferença
Que fatalmente tu me impuseste,
E se o meu Amor nunca quiseste
Não ouso tomar isso por ofensa.

Apenas me impus essa sentença
De não fitar mais tua cor Celeste,
Contigo eu não serei o cafajeste
Que cínico espera a recompensa

Pela sinceridade com que amei
Sem um só beijo ter de sua boca,
Senão o que em sonho te roubei...

E aqui resignado e de voz rouca
Da traiçoeira Paz, logo, ouvirei
A gargalhada farta, acerba e louca...

( Queiroz Filho )

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