Fatalismo
Quando, amigos, desta vida eu for,
Verão vazio o rastro de meus passos,
E a minha alma cega e tão sem cor
Já não terá o calor dos teus abraços.
Que fadado ao silêncio e ao torpor,
Ninguém afagará meus olhos baços
E nem dirá, enfim, o que é o Amor
Para a agonia desses ermos laços...
À qual Musa darei meu verso findo?
E qual carregarei em meu coração?
E que amigo verei, lá conduzindo
Minha matéria inerte em um caixão?
E que sonhos terei quando sorrindo,
Souber que a vida é Dor, é Ilusão?!...
( Queiroz Filho )
Verão vazio o rastro de meus passos,
E a minha alma cega e tão sem cor
Já não terá o calor dos teus abraços.
Que fadado ao silêncio e ao torpor,
Ninguém afagará meus olhos baços
E nem dirá, enfim, o que é o Amor
Para a agonia desses ermos laços...
À qual Musa darei meu verso findo?
E qual carregarei em meu coração?
E que amigo verei, lá conduzindo
Minha matéria inerte em um caixão?
E que sonhos terei quando sorrindo,
Souber que a vida é Dor, é Ilusão?!...
( Queiroz Filho )
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