Mãe

Acolhes-me,ó Mãe, só um instante
E apertes tua mão contra meu seio,
Acaso sentes como eu sou alheio
A tudo neste mundo inconstante?

Meu coração é um lírio flutuante,
Dentro da alma já partida ao meio,
Pois só em teu Amor ainda creio,
E choro a tua Mágoa agonizante...

Como me pesa à vida esta jornada,
De tanto sonho imoto e traiçoeiro,
Mas tu, só tu, oh, santa abençoada!

É que com estes olhos de cordeiro,
Farás deste rebento que foi nada,
Um homem justo, bravo e verdadeiro...

(Queiroz Filho) 19/7/2009

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