À um Operário

O pouco de Política que entendo
Já basta p'ra saber que é só merda!
Quiçá, se mais soubesse, essa lerda
Razão, me estaria enlouquecendo.

E, agora, este soneto escrevendo
Sigo para esquecer de uma perda
Que não é da direita ou esquerda,
Mas desse proletário que sofrendo

Destratos do patrão, vil, ordinário,
Não faz de nenhum lado, distinção,
Só espera lá ansioso e temerário

O Deus que cessará tanta opressão,
Pois vês, Senhor, é dia do Operário
Que te entregou a Alma e o coração!...

( Queiroz Filho)

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