Mediocre Versibus

Estes medíocres versos que te faço
Não rasgarão o véu de tuas retinas,
Nem deitarão em tuas mãos divinas
Os risos meus de empírico palhaço!

Mas sinto-te em mim a cada passo,
Que volto o olhar às lôbregas ruínas
Do amor que feneceu pelas esquinas
Na súplica de algum simples abraço.

E a cada hora finda, aqui, eu penso
Nesta saudade cega, nesta dor enorme,
Que me puseram, pelo ar, suspenso,

Onde numa nuvem bela, multiforme,
Sorvendo os ecos teus eu me convenço
Que a minha Paz na tua Alma dorme...

(Queiroz Filho)

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