Inocência

Nas várias superfícies de tua alma
Reluz o brilho algente das estrelas,
E eu que aspiro tanto envolvê-las
Tão só para iludir-me dessa calma

Que no teu vago olhar ora cintila
já irradiando Luz nos movimentos,
Sem que a agonia fria dos conventos
Venha com seus agouros oprimi-la.

Eu invejo essa excêntrica alegria
Das Almas como a tua, inocentes,
Que não levam na boca a aleivosia

Dos desgraçados seres decadentes,
Que crêem que uma queixosa poesia
Pode despir-te em lágrimas ardentes...

(Queiroz Filho)

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