Favor à Lua

A minha incasta alma de isopor,
Caiu sobre os teus pés, exata e nua,
Tocou os seios seus com igual ardor
Ao da puta que ao cliente se insinua!...

Não estranhes a ousadia, meu amor,
Pois eu e a minha alma, somos tua!
Mesmo que não nos queira, é um favor,
Que pago à tua vadia Deusa Lua!...

Se quiseres, eu interpreto a Cadela,
A quem em tortas noites de exagero,
Dizias: - Mais que todas, tu és bela!...

Abrir-te as pernas, já, é o que quero,
Mas se outro abraçar minha bagatela,
Após meu expediente eu te tempero!...

( Laura Alves Coimbra )

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