Suplica Suprema
Nas maléficas horas, que parido
Em Natalícia aurora, assim, o vi,
Bradara à Juno, Jove enfurecido,
Ao vê-lo, ao topo, achegar-se ali:
- Recolheis, ó, tola, tal injúria, a si,
Pois ultrajastes vosso bom marido
De quem Saturno, já se gaba e ri,
Sob sua mortal forma, envelhecido.
O que ora quereis como castigo?
Meu onipoptente raio fuzilante,
Ou o Cáucaso de trono e abrigo?...
Não vede que o ser, de vós, diante,
É deste Soberano, o eterno imigo,
Que do vosso amor me porá distante?...
( Queiroz Filho )
Em Natalícia aurora, assim, o vi,
Bradara à Juno, Jove enfurecido,
Ao vê-lo, ao topo, achegar-se ali:
- Recolheis, ó, tola, tal injúria, a si,
Pois ultrajastes vosso bom marido
De quem Saturno, já se gaba e ri,
Sob sua mortal forma, envelhecido.
O que ora quereis como castigo?
Meu onipoptente raio fuzilante,
Ou o Cáucaso de trono e abrigo?...
Não vede que o ser, de vós, diante,
É deste Soberano, o eterno imigo,
Que do vosso amor me porá distante?...
( Queiroz Filho )
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