O Sim!

Nessa poltrona escura, cá isolado,
As vãs lembranças tornam-se tormentos...
Gozei na juventude bons momentos!
Mas hoje a velhice anda a meu lado.

Deslizo-me nas brisas dum charuto
E guerreando vou co’ as memórias
Duma mulher que hoje é o meu luto!
E a causa dessas fugas provisórias...

E assim nos rituais sempre vulgares,
O atormentado velho que há em mim!
Vai resmungando à vida, seus azares,

Somando os trinta e dois que vivo, enfim?...
Aos seus trinta e dois nãos soltos nos ares!...
- Será que para o Amor existe o sim?...

(Queiroz Filho)

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