Escusa Falsa
Caminho sobre poças na calçada,
Que a chuva me cedeu, mimosamente,
Nesta cumprida rua, tão sem gente!
Sozinha, velo a paz da madrugada.
A solidão, em partes, me agrada,
Quando, de mim, não me sinto ausente,
Ou quando cá me vem, constantemente,
E ao menos diz bom dia na chegada...
Que digam: - Está louca, essa mulher!
De vestido ensopado e inda descalça,
Se expondo sem pudor a quem quiser
Possuí-la na mais indecente valsa!...
Responderei que dou pra quem vier...
- A solidão é a mera escusa falsa!...
(Laura Alves Coimbra)
Que a chuva me cedeu, mimosamente,
Nesta cumprida rua, tão sem gente!
Sozinha, velo a paz da madrugada.
A solidão, em partes, me agrada,
Quando, de mim, não me sinto ausente,
Ou quando cá me vem, constantemente,
E ao menos diz bom dia na chegada...
Que digam: - Está louca, essa mulher!
De vestido ensopado e inda descalça,
Se expondo sem pudor a quem quiser
Possuí-la na mais indecente valsa!...
Responderei que dou pra quem vier...
- A solidão é a mera escusa falsa!...
(Laura Alves Coimbra)
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