Vulgívaga

Se até essa mulher que te repele,
De murchos seios feios, desiguais!
E longas manchas roxas sobre a pele,
Consegue alguns carinhos joviais.

Se até essa vulgívaga enrugada,
Com sobrancelhas rudes, macilentas!
E porcas axilas catinguentas!
Confessa ser, na vida, bem-amada.

Tu tens de admitir, pobre Zadig:
A tua autoestima está em xeque!
Quiçá por não herdar um pinto big;

Nem zeros à direita de teu cheque...
Talvez, ser de embriões, um killer pig,
Não é um grande pecado que se peque!...

( Queiroz Filho )

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