Musa Ultrarromântica

No esdrúxulo lamento da inércia,
A glória de meus sonhos, consumi...
Julguei não te amar e, então, sofri.
Ó meu defunto Amor; minha Natércia!

Não posso crer, ó Deus, ela se foi!...
Chorosa Patativa abençoada!
Pelo meu falho adeus, Deus me perdoe!
Perdoes a minha lágrima adiada.

Cadavérica Musa d’olhos tétricos,
Necrófilos Prazeres te dedico!
Beijando os teus lábios assimétricos

Só as tuas carnes podres, Santifico.
E à inveja de outros mortos hipotéticos,
Aos meus, teus excrementos, unifico!

( Queiroz Filho )

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