Sublimação

Quando em animalesco Gozo altivo,
Sobre teu corpo em fogo, os dentes, ranjo!
Iço-me aos Céus num voo imperativo,
Indo à batalha astral contra teu Anjo.

O Semideus do Sonho primitivo,
Que te furtou de mim com seu arranjo
De orquestral primor sublimativo,
Vindo de seu arguto e exato banjo.

Armei-me, aí, da Luz do olho de Hórus;
No Estige imunizei todos meus poros...
Na mais longínqua estrela, o aguardei:

Robusto, Esbelto, Audaz e poderoso.
Porém, quando o avistei... Fim tenebroso!...
Aos pés de Belphegor, lá me prostrei...

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