Adoração

Quão belas são as águas cristalinas
Dos amplos mares desse meu País,
Que se aliam ao verde das campinas,
Por sob o cauto céu duma tarde gris.

E faz com que eu peça sempre bis
A ti, formoso sol, que me alucinas!
Quando abatido atrás dessas colinas
Fitas saudoso os teus filhos hostis.

Que ingratos, infelizes e covardes,
Não sabem adorar-te pelas tardes,
Não sabem que só tu cá principias

A vida que é o reduto dos prazeres
E a morte que assombra todos os seres,
Quando a água, aos olhos, alumias...

( Queiroz Filho )

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