Soneto só para Cecília

Neste meu poeminha meia boca,
Sem frases de efeito ou arremate,
Em que o sono ressoa pela boca
E a inspiração molenga se debate.

Não acho o que de fato te retrate,
Ó, minha Cecilinha, bela e louca!...
Que esta solidão não me empate
E nem sequer o sono que apouca

A minha lucidez mais duvidosa,
Pois resistindo a tudo ora te digo
O que há nesta cuca preguiçosa:

- Desejo de comer, mas só contigo
Porções dessa batata saborosa,
Ouvindo aquele rockzinho antigo!...

(Queiroz Filho) 19.03.2011

Comentários

Postagens mais visitadas