Dona Saudade

Dona Saudade hoje está confusa,
Feriu-se com alguma estranha seta,
Dona Saudade, minha amiga intrusa!
Que exala ares de um triste poeta,
Diz que nem o amor hoje lhe bajula,
Nem a dama triste do viril caixeiro,
Pois sem esperança, sua fé se anula,
De rever o amor, dantes verdadeiro,
Dona Saudade, sei que estás amando!
Digas para mim, quem é o felizardo?
Dona Saudade, já se foi chorando...
Sem sequer notar meu sorriso tardo,
    Por te esconder, poeta, este segredo:
    Que és o meu amor e o meu degredo!...

(Laura Alves Coimbra)

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