Ao Mestre com pavor

Augusta Alma triste e atormentada,
De hediondos sonhos humanistas...
Que Deus foi que turvou as tuas vistas?
Existe algum sentido para o nada?...

Ó meu apodrecido mestre exato!
Agora não és mais que carne morta,
Mas o que, desde lado, me conforta,
É que rompeste o arcano abstrato,

Roubando os tesouros do infinito...
Beijo teus ossos, mestre, em teus versos,
E na cósmica Angústia de teu grito

Vagueiam meus ouvidos, submersos.
Teu pergaminho tétrico é um Maldito
Portal às trevas de outros Universos...


( Queiroz Filho )

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