Castigo

Como admiro este teu sono justo
E este profundo suspirar dorido...
Serás feliz, um dia, a qualquer custo!
Pois implorei a Deus este pedido...

Entre as grandes feridas do passado
E as fundas cicatrizes do presente,
Tua Esperança foi tão displicente,
Que me fez por castigo, o teu amado!

Em teu torpor onírico constante,
Oh, Ardente Cinderela amargurada!...
Talvez encontres um amor vibrante,

Que te dê tudo sem pedir-te nada;
Que não te seja apático e inconstante,
E nem te dê esta vida desgraçada!...

(Queiroz Filho)

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