Carpe Noctem I

Guerra é martírio; sacrifício vão;
Cadáveres fedendo a desespero!
É a morte a nos bradar: - Destruição!
É Cristo a abraçar Deus em exaspero...

É a Paz a gotejar seu sangue ao chão...
É da loucura humana, o destempero;
É a Dor a propagar-se até Plutão!...
É o meu; é o teu; é o nosso entrevero.

E assim a humanidade se renova:
De Guerra em Guerra e de cova em cova!
Até que os berços tornem-se trincheiras

E as tais granadas sejam corações
A estraçalhar Infâncias e paixões
No embate entre vermes e caveiras!...

(Queiroz Filho)

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