Amor!

O Amor que já foi arte, hoje é suborno,
Que aos desvalidos deu seu veredito:
- Se não cresceres rico, ou então, bonito,
Tu não terás de mim nenhum retorno.

Aceites do sarcasmo, o vil adorno,
Ou peças para Deus um plebiscito!...
Pensando bem, não trames tal delito;
Fervas teu coração dentro dum forno!...

O fato é que o prazer de friccionar
As sensitivas partes de uma Greta,
(Eu sei que morrerei, mas vou falar!)

Não digam que sou filho do Capeta,
Meu Amor, é o ingênuo ato de gozar
Batendo uma punheta em tua Greta!...

(Queiroz Filho)

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