E QUANDO A MORTE TE ARROSTAR SOLENE

E quando a Morte te arrostar solene,
No derradeiro instante de teus Dias...
Reviverás nos Céus, as  alegrias;
Vividas em teus Sonhos com Irene!

Falsos beijos; plagiadas fantasias,
D'outro inventado êxtase infrene!
Não mais, oh coração, o Amor, encene!
Só em meus Atos, Ninfa, existias?...

Já basta, Realidade! A vida é Nada!
Negar-te junto a Morte, me consiste...
Razão, assombração desenterrada,

Craves meu Epitáfio em pedra triste:
" Jaz um poeta de Alma ensanguentada...
Se a treva o endoidou, ora o assiste!..."

(Queiroz Filho)

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