SONETO A POETISA BETY BLEITE

Bendita Bety Bleite, boquiaberto,
Bem deixam-me teus ternos comentários!
Pois dão aos versos meus, vãos e ordinários!
O mágico valor que julgo incerto...

Porém, a ingrata mão dos mercenários,
Oh! creias-me Poetisa, eu não aperto,
Prefiro, ao arrastar-me num deserto,
Da Morte, ter as mãos, como velários!...

Pois chegas-me qual doce Rouxinol,
E lês, do Réquiem meu, a partitura...
Depois partes veloz de encontro ao sol.

Quão se fosses um Anjo de candura,
Transformado em flor e ave e mel em prol
De encher as tristes almas, de Ternura!...

(Queiroz Filho)

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